não devo voltar a casa não devo voltar a casa não devo voltar a casa não devo voltar a casa
O chão treme, o oceano avança e abre a sua boca
grotesca, labaredas de fogo sacodem com violência toda a matérica combustível,
devorando-a, um desastre nuclear e centenas de guerras estalam e encenam os
seus festins carnificínicos, meteroritos e chuvas ácidas caem do céu, uma densa
nuvem cinzenta, una e dantesca, estende-se sobre toda a atmosfera, velada acima
de si pelos raios de sol que não mais chegarão à superfície onde nos
encontramos.
É o fim.
É o fim das construções imperiais.
É o fim das construções sublimes.
É o fim... excepto do que sobrar.
E tudo seguirá como se nós nunca cá tivéssemos estado:
façamos, portanto, o melhor que saibamos e podemos, mantendo como único consolo
a certeza cada vez mais segura de que isso será sempre
insuficiente.
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