Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

Apresentados

viver sem ar

Não sei onde me perdi. Não sei onde perdi as palavras - eu: repleta de palavras em cada canto do meu corpo, no soalho da minha cabeça, na curva dos meus olhos. É que eu não uso - nunca usei - as palavras. Vivo nelas, sou delas . Isto não é amor, é dependência que se traduz numa estranha forma de sobrevivência. E eu não sei onde as perdi! Acho que me caíram do bolso da imaginação e agora é vergar os joelhos, colher os caquinhos e reinventar a forma.  Entretanto, aconteceu tudo e eu não contei nada a ninguém. Andei ocupada a arrumar a tralha do quotidiano sem me dar conta que tinha os bolsos vazios e a alma em suspenso. Dadas as circunstâncias do mundo, talvez seja mesmo mais sensato meter a alma debaixo da cama (ou dentro do armário, ou pendurada no estendal, ...), ignorar o supremo deserto em nós e continuar resistindo em apneia, não vá o ar gastar-se na sofreguidão de viver. Comecemos pelo princípio: eu escrevia estórias. Era parasitada pelas ciências naturais e contaminada pela filos

Mensagens mais recentes

exercício dois

exercício um

amor e cabanas

nascer antes de termo

sim não não sim

entre a folhagem que canta

o dia das flores silvestres

de zurique a delémont