entre a folhagem que canta
O verde profundo dos pinheiros bravos e o aroma indiscutível dos eucaliptos - são oito da manhã e na forma de frutos ainda tão imaturos vejo a imagem de uma Ana que é mais eu do que outra. Já escuto barulhos vários no ar - cães e pássaros de espécies que não identifico de ouvido, os motores de rega funcionando ferozmente e os tratores fazendo a sua lavra. Também os cheiros aguçam cada dimensão dos meus sentidos, estimulando imagens e tons de memórias que desconhecia. E mesmo no lugar mais solitário, assim rodeada de apontamentos que em mim invocam tantas ideias de coisas que estou certa que nunca serei, estou menos sozinha do que em qualquer cidade onde me embrulhe em massas de gente e velocidade.
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