seria um lugar sem fim
Na hora de te escrever, é ao modo que dou importância, mais - muito mais - do que ao tempo. Usar o condicional do indicativo e o subjuntivo em todas as suas variações para que o emprego dos "ses" e "talvezes" deste encontro, bem como as frases complexas feitas de orações subordinadas, não tenham peso, mas uma leveza tão infinita quanto aquela que me ofereces na hora de sonhar com mergulhos noutros mares. Por isso, pretérito, futuro e presente não têm qualquer valor intencional - somente o valor do capricho da língua, que para se exprimir exige que conjuguemos o verbo em todas as suas dimensões.
Empenho-me então em tornar válido um exercício estilístico que, através da palavra, me permite trazer para mais perto a forma abstrata em que te concebo: se vieres, se eu ficar, que sejamos uno, e se soubéssemos tudo? Como iria acabar? Tivesse eu um princípio... e tu serias um lugar sem fim.
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