o limiar dos sentidos
Conhecimento.
.Este conceito abstracto fomenta as maiores questões
metafísicas, de entre as quais se destaca a noção de realidade.
É
certo que o conhecimento se trata do contacto cognitivo com a realidade e da
relação estabelecida entre isso e o sujeito consciente. Além disso, é ainda
possível afirmar que o conhecimento provém da experiência realizada pelo
sujeito, assente na realidade em que está envolvido. Todavia, o próprio sujeito
está inserido numa determinada cultura e sociedade sendo, por isso, levado por
crenças e preconceitos que diferenciam a sua realidade da realidade de qualquer
outro ser com uma cultura e sociedade distintas. Dessa forma, este conceito
torna-se relativo e, por conseguinte, o próprio significado de conhecimento
torna-se relativo. Contudo, tal dedução é errada, pois dessa forma não
poderíamos aceitar qualquer descoberta que provenha do conhecimento, visto que
esta iria ser distinta para cada povo, e não universal como acontece
actualmente com as descobertas científicas.
Portanto,
através da relação entre a realidade, o conhecimento e o sujeito consciente não
conseguimos definir os conceitos referidos. Por convenção aceita-se por
realidade aquilo que vemos, tocamos… enfim, presenciamos. No entanto, não será
o mundo que nos envolve uma mera ilusão resultante dos nossos sentidos
falaciosos?
Escher
desenvolve uma nova realidade para definir aquela em que está inserido.
Define o mundo sensível como sendo a existência. O inteligível não passa de um mero alicerce para tudo aquilo criado mentalmente, mais verdadeiro e pormenorizado do que aquele que podemos tocar. È nesta realidade que ele se insere enquanto pessoa.
Define o mundo sensível como sendo a existência. O inteligível não passa de um mero alicerce para tudo aquilo criado mentalmente, mais verdadeiro e pormenorizado do que aquele que podemos tocar. È nesta realidade que ele se insere enquanto pessoa.
Também
Descartes defende que as conjunturas que provêm do pensamento são aquelas que
correspondem à realidade. Porém, não seremos apenas marionetas que desfilam no
limite da ilusão, comandados por algo?
A
meu ver não. O pensamento explica a este conceito e desenvolve o conhecimento…
Afinal, apenas existo pensando.
**.
O
autor não se dá pelo nome de Ana Luísa.