notas vagas

Não são os outros, somos nós, consciência una que se adia; de repente, alguém diz: esta palavra é a última, e cá estou eu, que te olho com tristeza, do canto das malas arrumadas: do teu laboratório fazes a análise, assumes o diagnóstico e prescreves a condenação. Três meses, senhor Ramiro. Nem mais um dia? Nem mais uma hora. E trazes na língua o sabor amargo da sentença ditada: três meses, senhor Ramiro.
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