must break
Senhor doutor, moram pessoas na minha cabeça.
Não, eu não sou doente, já disse! Mas elas não me largam, vivem todas aqui.
Não, doutor, não posso – não quero! –
explicar outra coisa além da margem sólida da minha unha. Para lá dela, eu não
existo, e já é abuso pedir-me justificação das estrelas em lugar de mim...
Não procuro esquecer nada e com tudo isto
não me suporto mais. Devia então embrulhar-me em tecidos de várias texturas e cores e
distribuir-me pelas gavetas vazas?
cumpro assim a
vontade de ilustrar fraseando uma das fotografias do teu blogue, ó Rui
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Something Must Break, Joy Division
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