clarividência


Rasguei as paredes todas, por todos os lados. Rasguei as paredes, o chão, o ventre estrangulado da amargurada mulher que se sumia em gemidos.
Rasguei o pesadelo de Ser Humana, e também o de Ser Coisa em Parte Nenhuma.
Uma linha verde, muito ténue, esbate-se em contornos contra o supremíssimo azul dilacerante do céu. O fumo tóxico envolve-me.


Força, soldado, dizem-me as vozes fora de horas e de contornos.
Força, força, força... suplicam-me cadernos e grafite, e o campo e a terra em êxtase.
Força, um pouco mais de força. Velocidade, energia, potencial. Circuitos cortados, cruzados.

O gosto de vencer está na dor excruciante que resulta da reacção anti-inflamatória do teu cérebro prodigioso e diferente resistindo às investidas nada simpáticas de uma influente massa anónima.

Faltam muitas coisas no monte da casa branca.
Falta-lhe os traços quaisquer de um Klimt inspirado. E força, meu pequeno soldado.

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